quarta-feira, 11 de novembro de 2015


http://www.hypeness.com.br/2015/11/por-que-este-casal-homossexual-ficou-desapontado-apos-receber-24-refugiados-em-seu-apartamento/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+com%2FtQbo+%28Hypeness%29

A mídia tem o poder de distorcer as coisas e é isto que vamos presenciando. Diante de um quadro de maior gravidade, que é a questão dos refugiados, a notícia que se propaga acaba sendo o abrigo proporcionado pelo casal homossexual. Se fosse um casal hétero, alguém teria citado o fato? Não, claro que não! Ninguém diria "casal hétero abriga grupo de refugiados...." Pois é.... onde está o preconceito na realidade? Que necessidade é esta de definir a opção sexual (individual) dos envolvidos? O que isso realmente importa? Importa para a propagação totalmente parcial de notícias que dão "ibope". Vale propagar a desinformação em contrapartida com a informação simples, pura, verdadeira, natural. De fato, a sociedade valoriza mais o que implica naquilo que chamo de mídia barata, ou seja, discussões infrutíferas sobre escolhas pessoais ou temos uma visão mais abrangente sobre os fatos do mundo? No exato momento em que escrevo este texto, milhares de famílias estão sendo dizimadas, separadas e submetidas a uma nova realidade para a qual ninguém está preparado: expulsos e/ou fugitivos de seus países de origem, obrigados a abandonar suas raízes e adaptar-se à uma nova situação, isto sem falar nas mortes que ocorrem durante travessias sofridas e desprovidas das mínimas condições básicas de sobrevivência, independentemente de suas escolhas e ideologias pessoais. E aí a mídia relata a notícia, com prioridade de manchete e texto sobre a condição sexual de um casal que por ventura detêm preceitos éticos e morais sobre cidadania.... Puxa! E o que fica de relato fundamental na manchete? o que de fato transparece? o que passa a ser foco central? ou no mínimo, o que a mídia gostaria de realçar? pensemos nisto e façamos a nossa parte! Preconceito pode se dar em diversas vertentes e todas elas são dignas de análise e ponderação. Não posso me calar diante de fatos assim, onde um problema real, de magnitude mais ampla se minimiza diante de questões culturais/ preconceituosas/com margem em convicções que não representam a totalidade da sociedade.... Não representam, pois cada um tem a sua opção pessoal e o direito a ser respeitado em sua individualidade. Individualidade esta composta por escolhas que, se bem estruturadas, não tem a menor necessidade de ser submetidas a aprovação coletiva. E mais, estas escolhas podem e devem conviver e adaptar-se à convivência pacífica e adequada as leis que regem qualquer sociedade auto sustentável e capaz de uma convivência sólida, sem desconsiderar valores humanos e muito menos, tentar sobrepor-se à ética existencial. Em poucas e diretas palavras, as opções pessoais não tem conotação de verdade a ser repassada como certezas! A convivência com o diferente implica em respeito e aceitação de todas as partes, nunca em proliferação de ideologias particulares, muito menos na sua exaltação. E neste caso, em particular, jamais tomar a frente diante de questões sociais muito mais relevantes e urgentes.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Por um mundo mais azul...

Tempos difíceis estes... Falando em termos de Brasil, este país tão lindo, tão rico de natureza, com paisagens deslumbrantes e um povo acolhedor! Acolhedor, mas ainda dormente em seus direitos e obrigações enquanto cidadãos do mundo. Sim, do mundo, porque é isto que todos somos! Não é privilégio algum ocupar uma posição de igualdade em relação aos requisitos humanos básicos de existência. Aqueles itens que a gente fala e ouve falar todos os dias: educação, saúde, segurança, dignidade, igualdade, honestidade e por aí vai, que a lista é mais extensa do que me proponho a citar. 
Aqui do meu mundinho de aprendiz de ser pensante, vejo pequenos detalhes passarem despercebidos ou sem a justa relevância que deveriam ter, situações do dia a dia mesmo, que se repetem e poucos se dispõe a mudar. Por exemplo, quando não reivindicamos nossos direitos de consumidores, o que engloba não apenas qualidade, preço e informação do que adquirimos, mas cortesia no atendimento, colaboramos para a deformação da sociedade. Sem citar nomes, até porque eu teria uma lista extensa de casos assim, mas exemplificando, onde está o respeito das redes de supermercados que colocam à venda produtos com prazos vencidos ou próximos do vencimento? E aí ainda argumentam que colocam estes produtos com preços mais baixos, "favorecendo" o consumidor e evitando o desperdício! Bom, se o produto ficou nas prateleiras até beirar o vencimento, provavelmente estava caro demais porque os administradores ou não tem competência ou esperavam ter uma margem de lucro muito acima do suficiente... O único desperdício que deveria ser evitado aí é o que aconteceu antes, ou seja, a péssima administração dos estoques e preços. Nem vou comentar sobre a ineficiência do treinamento (quando dado) aos funcionários. Aqui perto da minha casa tem um grande mercado onde não é possível falar com o gerente e sei do que estou falando porque aconteceu comigo. O gerente simplesmente não atende os clientes. Acho que ele tem coisas "mais importantes" para fazer...
Nem vou falar das extensas filas e poucos caixas atendendo.... e as pessoas na fila não reclamam... aceitam! Não é preciso falar alto ou usar de qualquer tipo de agressividade, mas é fundamental reivindicar o que é justo. O que acho é que as pessoas tem um grau de tolerância muito acima do limite máximo para estes fatos comuns na rotina de qualquer um de nós. Daí a aceitar de cabeça baixa aumento de impostos e mal uso dos mesmos não vai muita diferença. Viajando pelo estado do Rio Grande do Sul, o que vejo são obras infinitas, buracos seculares, péssima ou nenhuma conservação das rodovias, incompetência e nenhuma capacidade administrativa. Junte à isto uma mídia que não informa os fatos com a veracidade devida, que deforma as notícias de forma partidária, que não exerce seu papel de questionar devidamente, com seriedade e neutralidade. Por exemplo escutamos muito a notícia de que um determinado juiz concedeu liberdade a um elemento que dias depois volta a cometer um delito. Nesta hora o que precisa ser feito é buscar o responsável pela soltura e cobrar uma explicação. Não apenas explicação, mas solução, leis de verdade, capazes de punir com severidade e proteger a sociedade. Sem essa de "brechas" que servem de argumento para a impunidade dos ditos "espertos". Crime é crime, e punidos devem ser todos que o cometem, dada as devidas proporções, independente de quem seja, qual posição ocupe, que idade tenha. Eu não defendo infratores, sejam menores ou maiores. Eu não sou solidária com a violência e a única forma que vejo de acabar com ela é através da punição. E que esta seja justa, ponderada, mas real. Não se trata de contrariar os direitos humanos, mas de aplicá-los em prol do fortalecimento da sociedade. Sociedade esta formada por pessoas de bem, capazes de construir um futuro melhor, em prol do bem comum.
E a sociedade precisa cumprir seu papel de agente transformador, educar-se também. Não adianta exigir direitos enquanto não abolirmos maus hábitos: vagas para idosos e deficientes físicos não estão disponíveis para apressados e mal educados; jogar lixo na rua já não é apenas demonstração de falta de educação, mas de vergonha mesmo; motoristas estressados são tão perigosos quanto motoristas embriagados; Enfim, qualquer atitude de opressão ou falta de respeito precisa ser revista, repensada e anulada da nossa extensa lista de defeitos! O mundo só será mais azul, mais digno, quando todos nós, seres humanos e pensantes, que o habitamos nos reeducarmos para exercer nossas obrigações e direitos. Mas isto de forma ética, moral, civilizada, isenta de egoísmos e egos exacerbados, que não servem para nada. Ou melhor, contribuem apenas para a manutenção do caos que aí está. 

terça-feira, 21 de julho de 2015

quarta-feira, 15 de julho de 2015

O que estamos fazendo de nós?

O vídeo abaixo é mais uma obra prima do Professor Clovis de Barros Filho e a sua duração de 1:15hs deixa aquela sensação de que foi pouco, muito pouco! Convido você a refletir sobre amor, ética, felicidade, escolhas cotidianas, entre outros fatos da vida! O que estamos fazendo de nós? 

terça-feira, 7 de julho de 2015

Ideias que constroem


Muito legal este projeto idealizado pela Associação Amigos da Biblioteca Pública de Rolante - RS, que incentiva a leitura na comunidade! Pesquisando um pouquinho aqui descobri que o projeto foi patrocinado pela Prefeitura, através do Departamento de Turismo e Cultura. A ideia é bem simples e consiste na implantação de duas casinhas, sendo que uma delas é destinada ao público infantil e a outra ao público infanto-juvenil e adulto. Qualquer um pode fazer doações de livros, simplesmente deixando as obras nas casinhas, assim como qualquer um pode retirar os livros, lê-los e devolvê-los no mesmo local para que outros tenham a mesma oportunidade. Também faz parte do Projeto Livros Livres, a Hora do Conto, com o apoio do Fundo Municipal de Cultura do município. Em visita a cidade, fiz questão de tirar uma foto, assim como faço questão de divulgar a iniciativa. No mesmo dia da minha visita à cidade, também estava sendo divulgada a  vigésima segunda edição do Festival de Teatro Amador. Parabéns aos idealizadores e patrocinadores pela ação. Promover a cultura é promover o desenvolvimento verdadeiro. O conhecimento é pré-condição essencial para a evolução humana e construção de um mundo inclusivo, equitativo e em equilíbrio.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

A História das Coisas (a ideologia por trás do consumismo)




Este vídeo nos traz uma reflexão importante sobre nossos hábitos diários em termos de consumo. Será que estamos fazendo a coisa certa? Estamos contribuindo para o aumento das diferenças sociais? E quanto ao meio ambiente, qual nossa parcela de responsabilidade na extinção dos recursos naturais e poluição? Assista o vídeo e responda as questões acima e de preferência reflita sobre outras questões, nas quais nossas ações (desde as mais simples), possam estar andando na contra mão de um desenvolvimento sustentável!

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Desenvolvimento e Sustentabilidade


Um dos termos mais comentados na atualidade versa sobre desenvolvimento sustentável, onde passamos a ter uma visão mais ampla sobre desenvolvimento. Em outras palavras, o desenvolvimento das nações não está ligado apenas à questões comerciais e tecnológicas, mas implica em qualidade de vida para a população de hoje e de amanhã. Melhor dizendo, desenvolvimento sustentável pode ser definido como um modelo econômico, social e ambiental capaz de satisfazer as necessidades da geração atual, utilizando recursos de forma consciente, de forma a não comprometer a existência de gerações futuras. A ação humana irresponsável tem contribuído para colocar nosso planeta em situação alarmante com graves danos à natureza, como a extinção de espécies de animais e plantas e uso abusivo das fontes de recursos naturais. Além disto adotamos um modelo econômico socialmente injusto, que favorece algumas classes sociais, em detrimento de outras, gerando desigualdade entre elas. Ao pensarmos em desenvolvimento sustentável, começamos a questionar estes modelos e a buscar formas mais conscientes e éticas de desenvolvimento e crescimento econômico. O PIB é um índice que mede a riqueza de uma região considerando os bens e serviços produzidos na mesma, não mede por outro lado, o grau de satisfação da sociedade, visto que não reproduz medidas de distribuição de renda, conservação do meio ambiente e bem estar humano. Em 1972, surge um novo conceito sobre indicadores, mais especificamente em Butão, no Himalaia. Trata-se do FIB (Felicidade Interna Bruta), ou seja, a proposta deste índice é medir o grau de satisfação das pessoas, levando em conta a educação, saúde, padrão de vida, ecologia, entre outros, não se limitando apenas à números e questões financeiras.
Segundo (PORTILHO, 2005)
o consumo total da economia humana tem excedido a capacidade de reprodução natural e assimilação de rejeitos da ecosfera, enquanto fazemos uso das riquezas produzidas de uma forma socialmente desigual e injusta. Essas duas dimensões, exploração excessiva dos recursos naturais e iniquidade inter e intra geracional na distribuição dos benefícios oriundos dessa exploração, conduziram à reflexão sobre a insustentabilidade ambiental e social dos atuais padrões de consumo e seus pressupostos éticos-normativos
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A sociedade de consumo decorrente do capitalismo tem sido alvo de questionamento, visto que é a base da pirâmide. Ou seja, a produção desenfreada só se mantém porque existe a demanda. Por outro lado, romper com este modelo implica em consequências graves como diminuição de renda e desemprego. É uma questão complexa, visto que a sociedade de consumo é responsável direta pelos desmatamentos, esgotamento dos recursos naturais do planeta e a poluição ambiental, visto que além de outros aspectos, existe também a questão do lixo gerado pelo descarte irresponsável. Hoje em dia, algumas mercadorias já são fabricadas visando sua obsolescência, rápido descarte e nova aquisição, firmando um ciclo consumista, acarretando em mais problemas para o meio ambiente. Estas são questões prementes e que requerem alternativas inteligentes de controle, à fim de que possamos obter um desenvolvimento sustentável, baseado em consumo responsável e qualidade de vida. Reutilização de produtos e reciclagem, são algumas destas alternativas que podem ser adotadas no controle da demanda desenfreada e na despoluição do planeta.
Carta da Terra
A Carta da Terra é um documento, cuja primeira versão foi escrita durante a Conferência Rio 92, no Rio de Janeiro, que versa sobre os princípios fundamentais e éticos para a construção de uma sociedade global sustentável, pacífica e justa. Fonte de inspiração e reflexão para as nações sobre como podemos atingir um desenvolvimento real, ou seja capaz de promover qualidade de vida e atender nossas necessidades. Este novo modelo de vida sustentável requer a compreensão de que democracia, justiça social e econômica, integridade ecológica e paz são princípios interdependentes e só possíveis com a participação de toda a sociedade. Vivemos um momento de transição de valores, de forma que algumas decisões e escolhas não podem mais ser adiadas ou delegadas. Vivemos em um planeta que abriga recursos finitos e dos quais dependemos para sobreviver enquanto espécie.
O texto desenvolvido acima reflete de forma resumida a problemática que abrange questões prementes de sobrevivência e qualidade de vida. Se por um lado, novas tecnologias e descobertas colocam a nossa disposição diversas facilidades e favorecem o consumo, por outro lado estas mesmas facilidades e consumo nos colocam em um dilema ético e vital, pois contribuem para o nosso próprio fim, visto que somos dependentes de recursos que estamos extraindo do planeta, sem a devida preocupação com a sua condição de finitude. Outro ponto crucial envolve questões como desigualdades social e econômica, problema que atinge a maioria dos países. Todas estas questões apontam um quadro crítico para a humanidade, que por vezes aponta que caminhamos para um colapso irreversível. Por outro lado, começamos a despertar em todos os pontos do mundo, pessoas e instituições se manifestam e apontam possíveis soluções e se mobilizam na tarefa de conscientização da humanidade. Fica claro que esta é uma causa árdua, sem respostas imediatas, que precisa ser abraçada por cada um de nós, no desempenho de nossas funções diárias. Talvez não possamos reparar todos os danos já causados, mas depende de nós a conscientização prática capaz de evitar danos novos e futuros, seja em relação ao ambiente, seja em relação a sociedade.

Retornando


Então, eis que estou de volta expressando minhas ideias. Depois de longo tempo em silêncio, estritamente por falta de tempo, pretendo reativar este espaço e me dedicar semanalmente ao mesmo. Aos antigos e novos seguidores do Blog, minhas renovadas Boas Vindas! Suas opiniões, comentários, críticas construtivas, ideias são muito importantes. Em breve estarei escrevendo sobre temas que julgo ser do interesse geral e que possam contribuir para nossas reflexões e ações na construção de um mundo melhor. :)