quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Por um mundo mais azul...

Tempos difíceis estes... Falando em termos de Brasil, este país tão lindo, tão rico de natureza, com paisagens deslumbrantes e um povo acolhedor! Acolhedor, mas ainda dormente em seus direitos e obrigações enquanto cidadãos do mundo. Sim, do mundo, porque é isto que todos somos! Não é privilégio algum ocupar uma posição de igualdade em relação aos requisitos humanos básicos de existência. Aqueles itens que a gente fala e ouve falar todos os dias: educação, saúde, segurança, dignidade, igualdade, honestidade e por aí vai, que a lista é mais extensa do que me proponho a citar. 
Aqui do meu mundinho de aprendiz de ser pensante, vejo pequenos detalhes passarem despercebidos ou sem a justa relevância que deveriam ter, situações do dia a dia mesmo, que se repetem e poucos se dispõe a mudar. Por exemplo, quando não reivindicamos nossos direitos de consumidores, o que engloba não apenas qualidade, preço e informação do que adquirimos, mas cortesia no atendimento, colaboramos para a deformação da sociedade. Sem citar nomes, até porque eu teria uma lista extensa de casos assim, mas exemplificando, onde está o respeito das redes de supermercados que colocam à venda produtos com prazos vencidos ou próximos do vencimento? E aí ainda argumentam que colocam estes produtos com preços mais baixos, "favorecendo" o consumidor e evitando o desperdício! Bom, se o produto ficou nas prateleiras até beirar o vencimento, provavelmente estava caro demais porque os administradores ou não tem competência ou esperavam ter uma margem de lucro muito acima do suficiente... O único desperdício que deveria ser evitado aí é o que aconteceu antes, ou seja, a péssima administração dos estoques e preços. Nem vou comentar sobre a ineficiência do treinamento (quando dado) aos funcionários. Aqui perto da minha casa tem um grande mercado onde não é possível falar com o gerente e sei do que estou falando porque aconteceu comigo. O gerente simplesmente não atende os clientes. Acho que ele tem coisas "mais importantes" para fazer...
Nem vou falar das extensas filas e poucos caixas atendendo.... e as pessoas na fila não reclamam... aceitam! Não é preciso falar alto ou usar de qualquer tipo de agressividade, mas é fundamental reivindicar o que é justo. O que acho é que as pessoas tem um grau de tolerância muito acima do limite máximo para estes fatos comuns na rotina de qualquer um de nós. Daí a aceitar de cabeça baixa aumento de impostos e mal uso dos mesmos não vai muita diferença. Viajando pelo estado do Rio Grande do Sul, o que vejo são obras infinitas, buracos seculares, péssima ou nenhuma conservação das rodovias, incompetência e nenhuma capacidade administrativa. Junte à isto uma mídia que não informa os fatos com a veracidade devida, que deforma as notícias de forma partidária, que não exerce seu papel de questionar devidamente, com seriedade e neutralidade. Por exemplo escutamos muito a notícia de que um determinado juiz concedeu liberdade a um elemento que dias depois volta a cometer um delito. Nesta hora o que precisa ser feito é buscar o responsável pela soltura e cobrar uma explicação. Não apenas explicação, mas solução, leis de verdade, capazes de punir com severidade e proteger a sociedade. Sem essa de "brechas" que servem de argumento para a impunidade dos ditos "espertos". Crime é crime, e punidos devem ser todos que o cometem, dada as devidas proporções, independente de quem seja, qual posição ocupe, que idade tenha. Eu não defendo infratores, sejam menores ou maiores. Eu não sou solidária com a violência e a única forma que vejo de acabar com ela é através da punição. E que esta seja justa, ponderada, mas real. Não se trata de contrariar os direitos humanos, mas de aplicá-los em prol do fortalecimento da sociedade. Sociedade esta formada por pessoas de bem, capazes de construir um futuro melhor, em prol do bem comum.
E a sociedade precisa cumprir seu papel de agente transformador, educar-se também. Não adianta exigir direitos enquanto não abolirmos maus hábitos: vagas para idosos e deficientes físicos não estão disponíveis para apressados e mal educados; jogar lixo na rua já não é apenas demonstração de falta de educação, mas de vergonha mesmo; motoristas estressados são tão perigosos quanto motoristas embriagados; Enfim, qualquer atitude de opressão ou falta de respeito precisa ser revista, repensada e anulada da nossa extensa lista de defeitos! O mundo só será mais azul, mais digno, quando todos nós, seres humanos e pensantes, que o habitamos nos reeducarmos para exercer nossas obrigações e direitos. Mas isto de forma ética, moral, civilizada, isenta de egoísmos e egos exacerbados, que não servem para nada. Ou melhor, contribuem apenas para a manutenção do caos que aí está. 

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